- Referência
Bibliográfica da obra lida
FONSECA,
Liliana, 2009. Marcada Para Sempre. Alfragide: Caderno
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- Análise dos Elementos
Paratextuais
Numa
apreciação sumária à imagem do livro, posso mencionar que a capa, nomeadamente
a sua imagem e o texto apresentado, estabelecem uma relação direta com o
conteúdo da obra e tornam-na apelativa. Na contracapa é realizada uma descrição
introdutória em relação ao que o leitor irá encontrar nas primeiras páginas. Porém,
na minha opinião, a intenção de deixar curiosidade ao leitor, sem contar
totalmente o fim do relato, não foi realizada da melhor forma.
Além disso, a
obra apresenta-se agradável e de fácil manuseamento sendo também de notável
atenção o facto de a editora não demonstrar preocupação em tornar tanto a capa
como a contracapa, algo muito complexo, realçando a simplicidade e aproximando
a relação leitor/escritor.
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- Recensão (de 350 a
500 palavras)
A obra em
questão trata-se de um texto autobiográfico e que apresenta ao leitor no género
de memórias e testemunhos. Para além disso, possui um estilo muito próprio de
escrita, sendo utilizados vários adjectivos, para descrever cada acontecimento
o mais específico possível.
O tema onde
assenta todo o desenrolar das memórias é o sofrimento, onde em cada capítulo
pode-se observar que poucos momentos na vida do protagonista lhe trouxeram
felicidade.
O livro
inicia-se com uma rapariga de três anos, na década de 1960, filha única de um
casal portuense que se chamava Liliana. Na cabeça dela a sua vida era uma
memória perfeita, até ao momento que aquela menina decidiu brincar para a
cozinha.
Estava uma
panela de sopa de feijão-vermelho, seria para o jantar decerto, Liliana não
resistiu em espreitar para dentro da panela apoiando-se num banquinho que
estava lá perto. Mas então aí é que tudo muda… O banco escorregou e juntamente
com a menina, cai-lhe a panela em cima. Estava a queimar-se toda e para piorar
a situação a camisola de lã que tinha vestido estava a entranhar na sua pele,
que de certa forma, já não seria a mesma pele angelical.
Com tantas as
dores que eram, Liliana bradou a bravos pulmões e apareceram logo de seguida os
pais, a vizinha coscuvilheira e os avós. Desde aí Liliana esteve no hospital,
operações atrás de operações, plásticas atrás de plásticas, isto até aos 7
anos.
Após ter
saído do hospital, Liliana tentou ter uma infância normal, até que recebeu a
trágica notícia que os pais iriam para a França arranjar uma vida melhor e que
ela teria de ficar mais uns anos em Portugal a viver com a vizinha. E assim
foi, ela viveu no Porto até aos 10 anos e emigrou para Ville Neuve-St-Georges.
Aí Liliana conseguiu ter uma vida normal, dentro dos possíveis: terminou a
faculdade, tirou o curso de Direito, criou boas amizades, recebia um óptimo
ordenado… A sua vida era perfeita, com a excepção de ela sentir falta de amor
mas mesmo assim, enclausurava-se no seu corpo desfigurado, sem esperança que
algum dia alguém viesse a gostar dela como ela era.
Até que um
dia, Liliana conheceu Francisco, o grande amor da vida dela, aceitava-a como
ela era. Desde aí, ela pensava que tinha encontrado o seu final feliz, mas sem
dar por ela, tinha acabado de entrar no inferno. Mais tarde, desiste de tudo o
que tinha, para voltar a Portugal e viver uma vida cheia de traições que quase
a levam á loucura.
Tem um final
pouco dramático, mas nada que já não se espectasse. Há um divórcio e um retorno
á sua antiga vida na França com as suas duas filhas.
O livro em
causa, de uma forma geral, aparentou ser de fácil leitura e compreensão. Para
além disso, o texto torna-se, por vezes, enfadonho devido á existência de
páginas inteiras de descrições. Para quem gosta de histórias baseadas em factos
verídicos eu aconselharia esta obra.
Data: 29 / Dezembro /
2013
NOME: Ana Rita da Silva Baptista 10ºA
Nº. 2
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