domingo, 12 de janeiro de 2014




  1. Referência Bibliográfica da obra lida

TAVARES, Gonçalo Manuel – “Histórias Falsas”. Brasil: BIS, 2010.

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  1. Análise dos Elementos Paratextuais

Os elementos paratextuais são significantes na constituição de uma obra e caracterizam-se por serem facilitadores da leitura. A capa deste livro apresenta uma cor branca e uns óculos desenhados que, no meu ponto de vista, representam os filósofos de que os contos falam na sua maioria. A capa apresenta também o nome do autor (Gonçalo M. Tavares) e o título da obra (“Histórias Falsas”), que ilustra as intenções iniciais do autor: as histórias “reais” e inventadas dele são histórias falsas para nós. Na contracapa vemos alguns dos prémios que o autor ganhou, um excerto do conto “A História de Listo Mercatore”, que cativa a atenção do leitor pois é um excerto que nos deixa a pensar, e um pequeno texto sobre Gonçalo M. Tavares e as suas obras.

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  1. Recensão (de 350 a 500 palavras)

Neste livro o autor alia à mulher o Amor e a Morte, característicos do drama existencial, tudo isto em nove contos. “A História de Julieta, a santa de Baviera” é representativa de mulheres que têm uma força enorme que só o coração e o desespero a suportam. Elas carregavam às costas os filhos e os maridos para os livrarem da morte. Romeu era o duque de Baviera e era “obcecado pela procura” e “excessivo na rapidez com que passava pelas coisas”. Julieta de Baviera era apenas bela. Mas eles apaixonaram-se, “juraram o amor” e “no dia seguinte acordaram”. Julieta estava encantada e Romeu aborrecido. Ele era cruel e fazia da morte o seu passatempo, até que apareceu um adversário à altura, o imperador Conrado III, que rapidamente o derrotou. Romeu é ignorado e abandonado por todas as mulheres que ao longo da vida abandonara. Estas fugiam pois o imperador deitaria fogo a tudo e, principalmente, a Romeu, para se vingar. Mas aparecera Julieta, corajosa e ainda apaixonada, que ficara com ele para o ajudar mas morreram os dois queimados.
      “A História de Lianor de Mileto” fala-nos de uma criada chamada Lianor que trabalhava para Tales de Mileto, por quem se apaixonara. Ele era orgulhoso e não admitia que também se apaixonara por ela. Assim, recusara-a. Lianor, rejeitada e desesperada, queria morrer e, então, atirara-se ao mar, desaparecendo. “Tales interrompeu a sua tarefa de olhar para o que não é possível ser olhado” e, depois desta tragédia, ele passara a cumprir uma rotina todos os dias: entrava de barco no mar e atirava arroz à água porque acreditava que, se os peixes e a água comessem o arroz, esqueceriam a carne de Lianor. Vinte e cinco anos depois, o corpo dela chegara à costa. Uns dizem que o cadáver vinha com um enorme sorriso no rosto, outros dizem ela estaria intacta, viva, apenas envelhecida com cabelos brancos e rugas.
“A História de Elia de Mirceia” narra a história de Elia, um rapaz que tentava ser sábio e que ouvia o seu mestre, Lao Tse. Este ensinava que o verdadeiro mestre não é o que força a passagem, é o que a seduz. Quando o mestre passa os cães não ladram, admiram.”; “Fácil é vencer quando se é mais forte; difícil é utilizar a força para os outros não perderem; mas só isto é justo.» e mais tarde suicidara-se porque dizia ter escrito tudo o que sabia, ou seja, a sua missão estava cumprida. Até que um dia toda a intensidade que havia ensinado a Elia, entra-lhe num sonho e o mestre corta-lhe o dedo indicador. Ele acordara, olhara para a mão e vira que o seu dedo fora mesmo cortado. Foi “um sonho com tanta importância que atravessou a parede, tornou-se real e consequente”. Assim se mostra que a aprendizagem dura a vida inteira.



Data: 23 / 12 / 2013


NOME: Ana Rita Garrido Silva 10ºA Nº. 3

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