- Referência
Bibliográfica da obra lida
TAVARES,
Gonçalo Manuel – “Histórias Falsas”. Brasil: BIS, 2010.
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- Análise dos Elementos
Paratextuais
Os elementos
paratextuais são significantes na constituição de uma obra e caracterizam-se
por serem facilitadores da leitura.
A capa deste livro apresenta uma cor branca e uns óculos desenhados que, no meu
ponto de vista, representam os filósofos de que os contos falam na sua maioria.
A capa apresenta também o nome do autor (Gonçalo M. Tavares) e o título da obra
(“Histórias Falsas”), que ilustra as intenções
iniciais do autor: as histórias “reais” e inventadas dele são histórias falsas
para nós. Na contracapa vemos alguns dos prémios que o autor ganhou, um excerto
do conto “A História de Listo Mercatore”, que cativa a atenção do leitor pois é
um excerto que nos deixa a pensar, e um pequeno texto sobre Gonçalo M. Tavares
e as suas obras.
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- Recensão (de 350 a
500 palavras)
Neste livro o autor alia à
mulher o Amor e a Morte, característicos do drama existencial, tudo isto em
nove contos. “A História de Julieta, a santa de Baviera” é representativa de
mulheres que têm uma força enorme que só o coração e o desespero a suportam.
Elas carregavam às costas os filhos e os maridos para os livrarem da morte.
Romeu era o duque de Baviera e era “obcecado pela procura” e “excessivo na
rapidez com que passava pelas coisas”. Julieta de Baviera era apenas bela. Mas
eles apaixonaram-se, “juraram o amor” e “no dia seguinte acordaram”. Julieta
estava encantada e Romeu aborrecido. Ele era cruel e fazia da morte o seu
passatempo, até que apareceu um adversário à altura, o imperador Conrado III,
que rapidamente o derrotou. Romeu é ignorado e abandonado por todas as mulheres
que ao longo da vida abandonara. Estas fugiam pois o imperador deitaria fogo a
tudo e, principalmente, a Romeu, para se vingar. Mas aparecera Julieta,
corajosa e ainda apaixonada, que ficara com ele para o ajudar mas morreram os
dois queimados.
“A
História de Lianor de Mileto” fala-nos de uma criada chamada Lianor que
trabalhava para Tales de Mileto, por quem se apaixonara. Ele era orgulhoso e
não admitia que também se apaixonara por ela. Assim, recusara-a. Lianor,
rejeitada e desesperada, queria morrer e, então, atirara-se ao mar,
desaparecendo. “Tales interrompeu a sua tarefa de olhar para o que não é
possível ser olhado” e, depois desta tragédia, ele passara a cumprir uma rotina
todos os dias: entrava de barco no mar e atirava arroz à água porque acreditava
que, se os peixes e a água comessem o arroz, esqueceriam a carne de Lianor.
Vinte e cinco anos depois, o corpo dela chegara à costa. Uns dizem que o
cadáver vinha com um enorme sorriso no rosto, outros dizem ela estaria intacta,
viva, apenas envelhecida com cabelos brancos e rugas.
“A História de Elia de
Mirceia” narra a história de Elia, um rapaz que tentava ser sábio e que ouvia o
seu mestre, Lao Tse. Este ensinava que “o verdadeiro mestre não é o
que força a passagem, é o que a seduz. Quando o mestre passa os cães não ladram,
admiram.”; “Fácil é vencer quando se é
mais forte; difícil é utilizar a força para os outros não perderem; mas só isto é justo.» e mais tarde suicidara-se
porque dizia ter escrito tudo o que sabia, ou seja, a sua missão estava
cumprida. Até que um dia toda a intensidade que havia ensinado a Elia,
entra-lhe num sonho e o mestre corta-lhe o dedo indicador. Ele acordara, olhara
para a mão e vira que o seu dedo fora mesmo cortado. Foi “um sonho com tanta
importância que atravessou a parede, tornou-se real e consequente”. Assim se
mostra que a aprendizagem dura a vida inteira.
Data: 23
/ 12 / 2013
NOME: Ana
Rita Garrido Silva 10ºA Nº. 3
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