- Referência
Bibliográfica da obra lida
Markl, Nuno –
“ Caderneta de Cromos: Contra-Ataca”.
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- Análise dos Elementos
Paratextuais
O livro é o
terceiro a ser editado das rubricas da Rádio Comercial, a capa apresenta o
título destacado a branco, com um fundo em tons azuis-escuros e alguns bastante
claros a representar o espaço, com a equipa das manhãs da Comercial e com
algumas das figuras e objetos emblemáticos do livro. Na contracapa, encontramos
uma pequena sinopse com diferentes “cromos”, um relato de um fã e ainda umas
curiosidades do livro sobre os três colegas que de certeza que vai cativar os
leitores. O prefácio fica a cargo de Júlio Isidro, um grande amigo de Nuno
Markl. Nas abas encontram-se as capas dos outros dois livros com um pequeno
resumo.
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- Recensão (de 350 a
500 palavras)
A
“Caderneta de Cromos: Contra-Ataca” regressa para falar das personagens e
objectos que marcaram os anos 70 e 80. É baseado numa rubrica da Rádio
Comercial e está subdividida em seis categorias: comer, brincar, usar, ver,
ouvir e “O baú das Manhãs da Comercial” onde encontramos relatos e recordações
de infância de Pedro Ribeiro, Vanda Miranda e Vasco Palmeirim.
De
entre muitos cromos, escolhi seis para apresentar, visto que, os conheço ou
pela sua relevância.
O
Epá, o mítico gelado de baunilha, que
na altura até parecia moderno e rebelde, e que continha o “El Dorado”, a
pastilha elástica que era dura e que ninguém conseguia fazer balões. O autor
relata que até a uma certa altura não mastigava estas pastilhas pois tinha medo
de morrer com elas coladas ao estômago. Realça o anúncio dos anos 80 em que o
boneco da tampa é capturado pelos índios, mas ao comer o gelado é venerado por
todos.
O
jogo de cartas favorito nos intervalos da escola ao qual o nome permanece um
mistério é o “Keims, keips, Queime-se”,
era um jogo tramado pois tinha de se sinalizar ao parceiro de que tinha as
quatro cartas iguais sem os adversários perceberem mas se isso acontecesse
diziam “CORTE!”, se fosse o nosso colega a entender dia Keims!, Cames,
Queime-se, Keimps, ou lá como era. Nuno era muito distraído e frases como
“Entrou-te alguma coisa para a vista?” ou “ Estás com comichão na cara?”, era
jogo arruinado.
O
“Erector”, faço aqui uma pequena
explicação pala escolha deste cromo, pois pelo objeto que é e o tempo em que
foi descoberto causou-me alguma admiração, visto que, não eram assuntos muito
falados na sociedade. O panfleto de farmácia que anunciava de forma educada, o
lançamento de um produto para melhorar a vida sexual dos casais: o Anel Mágico
Erector. O autor brinca com a situação dizendo: “ Então diz-me lá pequenito,
quem é que te fez? Fez-me o papá… A mamã… e erectooooor!”.
Os
“Marretas” são a grande paixão do
autor na infância, passava grandes noites em família a ver o Muppet Show, com o
brilhante número musical Mahna Mahna e as fantásticas personagens do Sapo
Cocas, da Miss Piggy, do urso Fozzie e o Gonzo. Comparava este amor aos
Marretas como se tratasse de um primeiro beijo. Um dos seus brinquedos
favoritos era o Sapo Cocas e fez a colecção de cromos da Panini dos Marretas.
Para
o autor um dos mais talentosos apresentadores da televisão portuguesa, “Manuel Luís Goucha”, com as duas fases
da sua vida, a fase AB ( Antes do Bigode) e a fase DB (Depois do Bigode), em
que, quando ele tinha o bigode farfalhudo e apresentava o programa de televisão
sobre colinária mas que lhe perturbava a comunicação.
Talvez
o “cromo” mais contestado, “António
Variações”, na altura em que ainda haviam muitos preconceitos em Portugal e
com a entrada dele na música e na sociedade, para os mais antigos era visto
como se Portugal se tornasse uma nação de homossexuais. Com a sua morte, foi
apresentada uma nova doença aos portugueses, a SIDA. Depois da sua morte toda a
gente gostava da sua música.
Achei
o livro bastante interessante e cómico, mas recomendo a pessoas que viveram
nestas décadas, visto que, alguns dos “cromos” eu não conhecia.
NOME: João Tiago
dos Santos de Sousa 10ºA Nº. 10
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